Questão clínica
O sulfato de magnésio é efetivo no tratamento da eclampsia?
Contexto
A eclampsia em países de alta renda afeta de dois a três a cada 10 mil mulheres grávidas e em países de baixa e média renda de 16 a 69 em cada 10 mil. No entanto, 15% das mortes maternas são associadas à eclampsia.
Resultados
Em comparação com a fenitoína, o sulfato de magnésio reduziu significativamente o risco de recorrência de crises epilépticas, diminuiu a necessidade de ventilação, pneumonia e internação em Unidade de Terapia Intensiva, provavelmente reduziu o risco de morte materna e melhorou os desfechos do recém-nascido (RN) (menos admissões em unidade de cuidados intensivos [UCI], menos mortes e menos RN permaneceram mais do que sete dias em uma UCI). O sulfato de magnésio também parece ser mais seguro para o RN. O uso de fenitoína deve ser abandonado.
Pontos importantes
O recrutamento para estudos nesta revisão foi principalmente de hospitais em países de baixa e média renda, que é onde 99% das mortes maternas ocorrem.
Revisão Sistemática Cochrane
Duley Lelia, Henderson-Smart David J, Chou Doris. Magnesium sulphate versus phenytoin for eclampsia. Cochrane Database of Systematic Reviews. In: The Cochrane Library, Issue 2, Art. n. CD000128. DOI: 10.1002/14651858.CD000128.pub2
Esta revisão contém sete estudos envolvendo 972 participantes.