Nesta segunda-feira (08/04), a Unidade de Pesquisa em álcool e Drogas (UNIAD) comemorou seus 30 anos com um evento para discutir os avanços realizados ao longo das três décadas de sua existência.
A unidade foi fundada no ano de 1994, pelo Prof. John Dunn e pelo atual presidente da Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM) Prof. Dr. Ronaldo Laranjeira, recém-chegado da Inglaterra onde tinha finalizado sua tese sobre de doutorado em Dependência Química pela Universidade de Londres.
“Criei a UNIAD após perceber a importância de uma rede de pesquisa estruturada voltada aos dependentes químicos e à questão do uso de substâncias no país. Hoje posso olhar para trás e concluir que fui incentivador, um formador de novos especialistas”, afirma Dr. Ronaldo Laranjeira, fundador da UNIAD.
Os participantes presentes no auditório do Centro de Atenção Integrada à Saúde Mental (CAISM) da Vila Mariana, gerenciado pela SPDM, discutiram temas como o novo levantamento do LENAD, o primeiro ano de funcionamento do HUB, os 10 anos da Unidade Recomeço Helvetia e do Hospital Lacan.
UNIAD e o LECUCA como nortes para políticas públicas
A partir de 2016, a UNIAD passou a realizar o Levantamento de Cenas de Uso em Capitais (Lecuca) para identificar o perfil dos frequentadores das chamadas Cena de Uso com o intuito de reunir informações epidemiológicas essenciais para planejamento, aprimoramento e elaboração de políticas públicas.
O levantamento contou com resultados muito positivos e a compreensão do perfil da população que reside na maior cena de uso do país foi fundamental para o planejamento de ações e serviços nas áreas da saúde, assistência social, segurança pública, moradia, trabalho e renda em São Paulo.
UNIAD como rede de formação
Após 10 anos de funcionamento a UNIAD deu mais um importante passo para se consolidar como uma das maiores redes de pesquisadores do país com a criação do curso de Especialização em Dependência Química.
Ele foi proposto com o objetivo de promover treinamento qualificado aos profissionais de saúde e áreas correlatas no atendimento de pacientes dependentes de álcool, tabaco e outras drogas, visto que na época havia uma grande prevalência destes transtornos na população brasileira e que poucos profissionais estavam completamente aptos para lidar com esse público.