Nora D. Volkow, MD; James M. Swanson, PhD; A. Eden Evins, MD; Lynn E. DeLisi, MD; Madeline H. Meier, PhD; Raul Gonzalez, PhD; Michael A. P. Bloomfield, MRCPsych; H. Valerie Curran, PhD; Ruben Baler, PhD
Tradução de Luís Guilherme Vieira Allegro
Tendo como pano de fundo o debate político sobre os riscos e benefícios potenciais do uso da cannabis, a onda da legalização e liberalização continua a se expandir. Quatro estados norte-americanos (Colorado, Washington, Oregon e Alaska) e o Distrito de Columbia promulgaram leis que legalizam a cannabis para o uso recreativo de adultos, e vinte e três outros estados, além do Distrito de Columbia, atualmente regulamentam o uso da cannabis para propósitos medicinais. Tais mudanças políticas podem implicar um amplo escopo de consequências imprevistas, com efeitos profundos e duradouros sobre os sistemas sociais e de saúde dos EUA. O uso da cannabis passa a constituir um dentre vários fatores em interação recíproca que pode afetar o desenvolvimento cerebral e as funções mentais. Com o objetivo de auxiliar o discurso político a partir de evidências científicas, a literatura sobre o assunto foi revista para que se identificasse o que se sabe e o que ainda é desconhecido acerca dos efeitos do uso da cannabis no comportamento humano, incluindo a cognição, a motivação e questões relativas à psicose. JAMA Psychiatry. doi:10.1001/jamapsychiatry.2015.3278 Publicado online em 3/2/2016.