No processo de reprodução natural, geralmente um único óvulo estará disponível para a fertilização, aproximadamente no meio do ciclo menstrual. Se houver relação nessa época, os espermatozóides poderão penetrar no útero e nas trompas, onde ocorrerá a fertilização (união do óvulo com o espermatozóide), e a formação do embrião. Se houver uma obstrução nas trompas ou se os espermatozóides forem poucos ou de qualidade pequena, então será mais difícil (ou impossível) que ocorra a fertilização nas trompas e, nesse caso, pode ser utilizada a fertilização in vitro. De modo resumido, o procedimento in vitro consta das seguintes etapas:
1 – Estimulação dos ovários: a mulher utiliza hormônios injetáveis, no sentido de produzir crescimento de mais de um folículo ovariano (no ciclo natural, apenas um cresce). Lembremos que o folículo é uma bolsa líquida, que pode conter um óvulo (oócito);
2 – Cirurgia para retirar os óvulos: por meio de uma agulha orientada pelo ultrassom feito pela via vaginal, os folículos são puncionados e o líquido aspirado, obtendo-se os óvulos. Lembremos que nem todos os folículos tem óvulos;
3 – Separação dos óvulos: nem todos os óvulos obtidos são maduros. Apensa os maduros podem ser fertilizados pelos espermatozóides in vitro;
4 – Fertilização: os espermatozóides são introduzidos nos óvulos (ICSI). Nem todos os óvulos maduros formam embriões;
5 – Transferência dos embriões: alguns embriões são transferidos para dentro do útero e outros, de boa qualidade, serão preservados (congelados) se for vontade do casal.
O sucesso do procedimento depende principalmente da qualidade do embrião, e também da idade da mulher (quanto menor, maior o sucesso), e da causa da infertilidade do casal, variando de 30 até 60% por ciclo.
Para mais informações sobre reprodução humana, consulte a página:
http://www.hospitalsaopaulo.org.br/reproducaohumana
55392814 – 55395526 – 55392084 – 55392581
Dr Jorge Haddad-Filho, médico do Serviço de Reprodução Humana do Hospital São Paulo