A Clínica Oftalmológica do Hospital São Paulo, unidade gerenciada pela Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), Hospital Universitário da EPM / UNIFESP, encerrou o maio verde – mês dedicado às ações de prevenção e combate ao glaucoma com quase mil pacientes atendidos e mais de 500 exames realizados na unidade. A doença que pode causar cegueira irreversível deve ser tratada com agilidade.
“Os exames oftalmológicos de rotina são fundamentais para que a doença seja diagnosticada de forma precoce e tratada com mais agilidade, reduzindo os riscos de evolução para a cegueira ou outras complicações”, afirma o professor Ivan Maynart Tavares, chefe do Departamento de Oftalmologia da EPM/Unifesp e chefe da Clínica Oftalmológica do Hospital São Paulo.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o glaucoma é a principal causa de cegueira irreversível do mundo e a idade é um dos principais fatores de risco da doença que se manifesta em pessoas acima dos 40 anos.
A doença pode se apresentar como Glaucoma de ângulo aberto que é considerada a forma mais frequente em que o paciente não apresenta sintomas até a fase avançada (quando se perde a visão periférica inicialmente e no final a visão central). Já o Glaucoma de ângulo fechado pode causar dor ocular e dor de cabeça, além de embaçamento da visão, quando a pressão ocular sobe muito. Também existe um tipo raro da doença: o Glaucoma congênito (até o 1 ano de vida), em que o bebê tem aversão a luz (fotofobia), lacrimejamento e crescimento do olho (buftalmo).
“Iluminamos o Departamento e o ambulatório de oftalmologia da Escola Paulista de Medicina do Hospital São Paulo e também a sede da Diretoria para conscientizar as pessoas sobre a importância dessa doença”, ressalta o professor Ivan Maynart.
Em relação aos fatores de risco alguns deles são pressão intraocular elevada (o mais relevante), idade (maior de 40 anos), casos de glaucoma na família (irmãos, pais), etnia negra e miopia alta (glaucoma de ângulo aberto), etnia asiática e hipermetropia alta (glaucoma de ângulo fechado).
O tratamento varia conforme a necessidade de cada paciente e funciona reduzindo a produção ou aumentando o escoamento do líquido intraocular por meio de colírios, laserterapia ou cirurgia em casos de glaucoma de ângulo aberto e fechado. Já no glaucoma congênito a cirurgia se faz necessária como procedimento inicial e urgente.
O Departamento de Oftalmologia é considerado a clínica oftalmológica dos hospitais universitários da UNIFESP e tornou-se referência nacional e em toda a América do Sul em assistência oftalmológica de alta qualidade pelo SUS. Em 2022 foram mais de 78 mil consultas ambulatoriais, quase 45 mil consultas de pronto-socorro da oftalmologia, mais de 18 mil exames complementares e quase sete mil cirurgias microscópicas, contribuindo para melhorar a saúde oftalmológica da população assistida pelo SUS.