Ela traz uma reflexão sobre os relacionamentos humanos e nossa relação com a tecnologia.
A história se passa em um futuro próximo, onde Theodore Twombly (Joaquin Phoenix) é um escritor que vive solitário depois que se separou de sua esposa, que acreditava ser o amor de sua vida. Deprimido e introvertido, ele resolve adquirir um sistema operacional diferente.
Para Theodore, Samantha (Scarlett Johansson), nome dado ao sistema, é muito mais do que uma mera ferramenta de assistência pessoal, é uma verdadeira companheira para todas as horas, que entende suas ideias e até seus sentimentos.
Samantha faz de tudo: cuida da agenda de Theodore, conversa, canta, toca piano, compõe poesia, é divertida. Ele fica completamente fascinado e tem início então um improvável relacionamento entre os dois.
A própria Samantha começa vivenciar sentimentos com os quais não estava preparada e não sabe se eram comandos que já estavam em sua programação ou se realmente aprendeu a amar Theodore. Ela, por exemplo, começa a sentir ciúmes de Amy (Amy Adams), vizinha e amiga de Theodore. Mas como é possível que uma máquina sinta ciúmes?
Ironicamente, Theodore trabalha respondendo cartas de amor. Ele dá conselhos à outras pessoas, quando ele próprio não consegue encontrar respostas e explicações para o que está sentindo diante de uma máquina.
O longa traz uma trama sensível e inteligente, uma ideia que passa pela cabeça de muita gente, que imagina como seria se os sistemas operacionais pudessem ter sentimentos, assim como os humanos. Mas tudo é abordado de uma forma delicada. Scarlett Johansson consegue encantar o espectador apenas com a sua voz, sem sequer aparecer de verdade no filme.
Ela recebeu cinco indicações ao Oscar de 2014, incluindo Melhor Filme, e ganhou como Melhor Roteiro Original.
Ela (Her, EUA, 2014) dirigido por Spike Jonze, com Joaquin Phoenix, Amy Adams, Rooney Mara, Olivia Wilde, Chris Pratt, Matt Letscher, Portia Doubleday, Sam Jaeger, Scarlett Johansson