Um convênio entre a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM) e a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo tem promovido a inclusão de jovens estudantes com deficiências graves. Criado em 2010, o Projeto Rede visa promover a educação inclusiva de alunos com deficiências. Em 2014, o programa acompanhou, em média, cerca de 3 mil jovens por mês. Trata-se de um aumento de 470% no número de contemplados em quatro anos, quando foram registrados, inicialmente, 637 participantes.
A melhoria na independência funcional e a inclusão educacional dos alunos com deficiência são alguns dos objetivos do programa. Uma equipe multiprofissional da SPDM — formada por fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, psicólogos, fonoaudiólogos e assistentes sociais — atua em conjunto com a equipe de educação especializada do Centro de Formação e Acompanhamento à Inclusão (Cefai) da Prefeitura. “Entre outras atividades, essas equipes realizam avaliação funcional dos alunos e orientação à equipe escolar, além de disponibilizar equipamentos específicos para alunos com necessidades educacionais especiais”, explica Yumi Kaneko, diretora técnica do Projeto Rede.
Os chamados Auxiliares de Vida Escolar (AVEs) também são fundamentais para o sucesso do programa. São profissionais que acompanham e cuidam dos estudantes que necessitam de apoio para a locomoção, alimentação e higiene. “Também em função das ações desenvolvidas, no ano passado 694 jovens receberam ‘alta’ do Projeto Rede por não necessitarem mais do auxílio prestado pela equipe”, afirma a diretora, que ressalta dados importantes, como 80% dos alunos apresentarem boa progressão no seu desenvolvimento neuropsicomotor e 55% melhora em socialização no decorrer do seu acompanhamento.
Todos os alunos com deficiência na rede municipal de ensino são avaliados inicialmente pelo Cefai, que indica a necessidade do profissional da SPDM. Mais informações podem ser obtidas no portal da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo (educacao.prefeitura.sp.gov.br).